Campeã mundial de moto apoia categoria mista: "Podemos estar no mesmo nível que homens"
Pioneira na motovelocidade, Ana Carrasco concorre ao prêmio de Revelação do Laureus
Ser a primeira campeã mundial na história da motovelocidade colocou Ana Carrasco em outro patamar. Acostumada ao pioneirismo na breve carreira, a piloto de 21 anos torce para abrir portas para mais mulheres no esporte, mas não milita por uma categoria feminina. Para a espanhola, a própria conquista é prova de que é possível competir em pé de igualdade num campeonato misto.
- Eu gosto de competir junto. Mostramos que mulheres podem estar no mesmo nível que homens, que podemos lutar juntos. É importante seguir trabalhando assim porque é um esporte em que corrermos juntos, e é importante mostrar que podemos fazer o mesmo. (...) Acho que, tendo oportunidade de ter bom motor, um bom time, com certeza de que é possível competir entre os melhores.
A declaração de Ana vem num cenário em que o esporte a motor se abre mais para mulheres com a criação da W Series, competição de monopostos exclusivamente feminina que estreará em 2019.
Sem uma perspectiva semelhante quando começou a correr, a espanhola trilhou um caminho árduo até provar seu valor. Sentia resistência dos concorrentes e nenhum sinal da solidariedade normalmente dedicada aos novatos. Mas o apoio da família foi o suficiente para buscar o sucesso por conta própria.
Ser a primeira campeã mundial na história da motovelocidade colocou Ana Carrasco em outro patamar. Acostumada ao pioneirismo na breve carreira, a piloto de 21 anos torce para abrir portas para mais mulheres no esporte, mas não milita por uma categoria feminina. Para a espanhola, a própria conquista é prova de que é possível competir em pé de igualdade num campeonato misto.
- Eu gosto de competir junto. Mostramos que mulheres podem estar no mesmo nível que homens, que podemos lutar juntos. É importante seguir trabalhando assim porque é um esporte em que corrermos juntos, e é importante mostrar que podemos fazer o mesmo. (...) Acho que, tendo oportunidade de ter bom motor, um bom time, com certeza de que é possível competir entre os melhores.
A declaração de Ana vem num cenário em que o esporte a motor se abre mais para mulheres com a criação da W Series, competição de monopostos exclusivamente feminina que estreará em 2019.
Sem uma perspectiva semelhante quando começou a correr, a espanhola trilhou um caminho árduo até provar seu valor. Sentia resistência dos concorrentes e nenhum sinal da solidariedade normalmente dedicada aos novatos. Mas o apoio da família foi o suficiente para buscar o sucesso por conta própria.
Ana Carrasco é a primeira mulher campeã mundial do SuperSport300 — Foto: Getty Images
O pai foi mecânico do multicampeão espanhol José David de Gea, e aos três anos Ana pilotou pela primeira vez uma minimoto dada à irmã. Começava ali, mesmo que ainda despretensiosamente, uma trajetória pioneira e vencedora.
Em 2013, com apenas 16 anos, estreou na Moto3 e tornou-se a primeira mulher a competir em um mundial e marcar pontos. Em 2017, a primeira a vencer uma corrida de Mundial no SuperSport300, no Algarve.
No ano seguinte assumiu a liderança do campeonato, e com uma corrida de recuperação no circuito de Magny Cours, na 11ª prova do calendário, fechou a temporada com o inédito título por apenas um ponto de vantagem. Diferença mínima, mas suficiente para que o feito histórico lhe rendesse a indicação ao prêmio de Revelação do Ano do Laureus, considerado o Oscar do esporte.
A temporada 2019 teve mudança de cidade, para Barcelona, para utilizar a base da nova equipe, a Provec Racing. Por enquanto, a meta é evoluir na mesma categoria. Uma eventual transição para a MotoGP é um objetivo a longo prazo.
Ana considera que, além da busca por títulos, é importante pavimentar o respeito pelo potencial feminino e inspirar meninas. Ela, que teve apenas homens como modelos a seguir, torce por um futuro mais próspero para as mulheres nos esportes a motor.
O pai foi mecânico do multicampeão espanhol José David de Gea, e aos três anos Ana pilotou pela primeira vez uma minimoto dada à irmã. Começava ali, mesmo que ainda despretensiosamente, uma trajetória pioneira e vencedora.
Em 2013, com apenas 16 anos, estreou na Moto3 e tornou-se a primeira mulher a competir em um mundial e marcar pontos. Em 2017, a primeira a vencer uma corrida de Mundial no SuperSport300, no Algarve.
No ano seguinte assumiu a liderança do campeonato, e com uma corrida de recuperação no circuito de Magny Cours, na 11ª prova do calendário, fechou a temporada com o inédito título por apenas um ponto de vantagem. Diferença mínima, mas suficiente para que o feito histórico lhe rendesse a indicação ao prêmio de Revelação do Ano do Laureus, considerado o Oscar do esporte.
A temporada 2019 teve mudança de cidade, para Barcelona, para utilizar a base da nova equipe, a Provec Racing. Por enquanto, a meta é evoluir na mesma categoria. Uma eventual transição para a MotoGP é um objetivo a longo prazo.
Ana considera que, além da busca por títulos, é importante pavimentar o respeito pelo potencial feminino e inspirar meninas. Ela, que teve apenas homens como modelos a seguir, torce por um futuro mais próspero para as mulheres nos esportes a motor.
- Meus ídolos eram homens, o Valentino (Rossi), (Troy) Bayliss. Para o futuro é difícil projetar. Estamos tentando algumas meninas para começar e ajudar a correr por alguns anos, mas não são muitas, não temos muitas correndo. É difícil ter uma ou duas com nível para correr no Mundial. Temos que trabalhar nisso para que no futuro possamos chegar sempre.
Fonte: Globo Esporte
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