Kron Gracie enaltece treinos com Nate e Nick Diaz e declara: "Admiro muito a frieza deles"
Brasileiro, que costuma andar acompanhado pela dupla destaca a calma de ambos: "Não querem conflito, são pessoas de muito bom coração e não querem usar a emoção para nada"
Kron Gracie é discreto nas redes sociais. Entretanto, não é raro ver o brasileiro ao lado de Nick e Nate Diaz em fotos, seja na academia, no triatlo ou em viagens. Os polêmicos americanos são seus amigos há anos e, especialmente o caçula, participou ativamente da preparação do faixa-preta para a estreia no UFC Phoenix, neste domingo, contra Alex Caceres.
Em entrevista exclusiva ao Combate.com, Kron Gracie enalteceu os treinamentos com a dupla e declarou que admira a frieza dos irmãos Diaz.
- Eles me ensinam muita coisa, já me ensinaram muita coisa. Eles não são do tipo que vão falar muita coisa, não são o tipo que vão dar aula e ser professor. O Nick até é, mas o Nate não é tanto. Aprendi mais observando as atitudes deles não só nos treinos, mas com as pessoas, como se mantém calmo toda hora, no treino, na semana da luta, eles não querem conflito, são pessoas de muito bom coração e não querem usar a emoção para nada. São bem frios e, para mim, eu admiro muito a frieza deles não só antes da luta, mas na luta, depois da luta, são bem calmos também.
O treinamento com os amigos não é diário devido às agendas e à logística, contudo, Kron Gracie valoriza os ensinamentos não só dos irmãos, mas também de Gilbert Melendez e Yancy Medeiros, também atletas do UFC.

Kron Gracie gosta de reunir Nick, Nate Diaz, Yancy Medeiros e Melendez — Foto: Marcelo Barone
- Todo mundo está morando em áreas diferentes, inclusive eu. O Gilbert mora em São Francisco, Yancy no Havaí, mas a gente se vê toda hora. Não é um camp que todo mundo treina junto todos os dias. Eu tenho a minha academia em Los Angeles, Nate em Stockton, Gilbert em São Francisco. Se junta todo mundo, é um prazer, mas muitos treinos faço sozinhos, e eles também.
Habituado à dinâmica do Rizin - evento pelo qual atuou nas quatro lutas travadas no MMA -, Kron Gracie tenta se adaptar à rotina do Ultimate, repleta de compromissos com a imprensa. É um apelo bem maior do que o vivenciado no Japão.
- Eu passo pelas mesmas coisas, só a mídia é um pouco diferente e o público também, dão um pouco mais de atenção aqui aos lutadores, mas sinto a mesma coisa e passo pelas mesmas coisas. Lá no Japão todo mundo me reconhece, mas estou falando que o UFC é maior que o Rizin. Tudo é maior. A quantidade de atenção, a quantidade de mídia, de pessoas, é muito maior. O Rizin é grande no Japão, mas fica só no Japão, não é mundial que nem aqui.
A chegada ao UFC se dá quase cinco anos após sua primeira luta de MMA, em dezembro de 2014. Ele garante que sempre sonhou em atuar no maior evento de artes marciais mistas - sendo ou não o UFC.
- Eu não sabia se ia ser no UFC, porque tinha uma época que o Pride era bem maior. E eu gosto mais dos rounds de dez minutos do que dos rounds de cinco minutos. Prefiro lutar no ringue do que na grade, se puder escolher. Tinha uma época que o Pride era muito grande, mas deu uma falida, quando voltou para o Rizin, não voltou a mesma coisa. Eu sempre soube que ia lutar no maior evento, com os maiores lutadores, neste momento é aqui.
Fonte: Globo Esporte
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