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Diego Costa hoje ama o Atlético de Madri, mas nem sempre foi assim

Diego Costa hoje ama o Atlético de Madri, mas nem sempre foi assim;
Nesta quarta-feira, após muita espera devido à punição da Fifa ao Atlético de Madri, o atacante Diego Costa finalmente fará sua reestreia pelo time colchonero. Ele estará em campo contra o Lleida, às 16h (de Brasília), pela Copa do Rei, fora de casa.
Em sua apresentação como reforço no último 31 de dezembro, o brasileiro naturalizado espanhol declarou seu amor pela equipe alvirrubra, e agradeceu o trabalho feito pelo time para tirá-lo do Chelsea na última janela de transferências.
"Quero agradecer ao clube, por todo o esforço feito para que eu viesse e estivesse aqui outra vez. Agradeço de coração", disse o centroavante, emocionado, citando os 66 milhões de euros (R$ 259 milhões) investidos nele.
Mas se hoje ama o Atlético de Madri e se declara ao clube, Diego Costa nem sempre teve esta postura com os colchoneros.
Durante suas duas primeira passagem pela equipe (2010 a 2011 e 2012 a 2014), o artilheiro marcou muitos gols (64 em 135 jogos) e ganhou uma série de títulos, como um Espanhol, uma Copa do Rei e duas Supercopas da Uefa.
No entanto, também brigou diversas vezes com a diretoria alvirrubra, mostrando seu conhecido temperamento explosivo.
Uma das "tretas" mais famosas aconteceu quando ele já tinha um pré-acordo com o Atlético de Madri, mas ainda não havia sido contratado em definitivo pelo time.
Nessa época, estava jogando por empréstimo no pequeno Valladolid, na temporada 2009/10, após ter sido emprestado pelos atleticanos ao Celta de Vigo e ao Albacete nas temporadas anteriores.
Questionado em janeiro de 2010 se iria comemorar um gol contra seus possíveis futuros empregadores, a quem enfrentaria por La Liga em alguns dias, o sergipano esbanjou sinceridade e disse que faria de tudo para fazer um gol em cima dos atleticanos.
"Estou jogando no Valladolid e ainda tem muito campeonato pela frente. O que tenho que fazer é trabalhar bem aqui para ver se arrumo uma vaga ali (no Atlétic) depois. Vou fazer o que faço sempre: ir para cima. Tomara que dê tudo certo", afirmou.
Foto: Getty Images/ ESPN
"Se fizer um gol, claro que irei comemorar, como sempre faço. Gosto de marcar sempre e se conseguir fazer um gol contra o Atlético será ainda mais especial", completou, deixando os torcedores colchoneros ressabiados.
Afinal de contas, o Atlético ainda não havia contratado em definitivo aquele promissor centroavante que começava a chamar a atenção no futebol europeu, e, ao invés de afagar ou fugir de polêmicas, ele preferia fazer provocações?
No entanto, Diego acabou passando em branco naquele 9 de janeiro de 2010, e ainda viu seu time, que seria rebaixado ao final da temporada, ser impiedosamente goleado por 4 a 0 pelos atleticanos, que riram por último.
No fim das contas, porém, ele fez um ótimo Campeonato Espanhol e acabou indo depois para o time de Madri, que investiu 1 milhão de euros (R$ 3,93 milhões, na cotação atual) para exercer sua opção de compra pelos direitos do atleta.
Isso não impediu, porém, que ele ainda se envolvesse em outro imbróglio durante aquela edição de La Liga, meses antes de ser incorporado em definitivo pelos alvirrubros.
Depois da primeira entrevista polêmica, o brasileiro (que ainda não havia se naturalizado espanhol na época) foi tema de reportagem do jornal El País e voltou a disparar palavras fortes contra o Atlético.
Perguntado como se sentia indo para um dos maiores times da Espanha, Costa esbanjou sinceridade e disse que estava embarcando para Madri com o pensamento de ser titular.
Afirmou também que, caso ficasse esquentando o banco com o técnico Diego Costa, preferia ir embora.
"Quero fazer uma boa temporada para decidir meu futuro, porque se no Atlético eu não tiver possibilidade de jogar na próxima temporada, não vou querer ficar lá. Não me importa se é uma equipe grande ou não. Se for, é para jogar como titular e brigar por tudo", disparou.
Não à toa, Diego chegou extremamente pressionado ao time de Madri. E, como era de se esperar, sua vida na capital espanhola, não foi nada fácil no início, principalmente pelo peso de suas próprias palavras.
Em sua primeira temporada no Vicente Calderón, em 2010/11, Costa não se firmou e fez só oito gols em 39 partidas, passando boa parte da temporada no banco. E, como ele mesmo havia prometido fazer, pediu para deixar o Atlético na janela.
Ele já havia acertado sua ida para o Besiktas, da Turquia, quando sofreu uma lesão no joelho durante a pré-temporada dos colchoneros, e a transferência acabou não acontecendo, para sua decepção.
Quando voltou a poder jogar, Diego era a última opção de ataque, e acabou emprestado ao pequeno Rayo Vallecano para o resto da temporada 2011/12. Foi aí que a Espanha conheceu de vez a fúria daquele atacante.
Em apenas 16 partidas pelo Rayo, o matador fez 10 gols e deixou todos boquiabertos com seu grande futebol, principalmente por ter acabado de se recuperar de lesão. O Atlético, então, resolveu incorporá-lo novamente e lhe dar uma nova chance.
Desta vez, porém, Diego Costa mostrou o futebol que era esperado e conquistou de vez o técnico Diego Simeone e a diretoria alvirrubra, que parou de vez de emprestá-lo para outras equipes.
Também virou um dos favoritos da torcida, tanto pelos gols quanto pelo temperamento explosivo, que o levou a brigar diversas vezes com atletas símbolos das equipes rivais, como o zagueiro Sergio Ramos, do Real Madrid.
Nas temporadas 2012/13 e 2013/14, ele fez 56 tentos em 96 partidas e, além de faturar vários títulos, ainda levou o Atlético à final da Uefa Champions League em 2013/14 com atuações mais do que decisivas.
Seu excelente desempenho acabou fazendo a seleção da Espanha convocá-lo para a Copa do Mundo de 2014, e também fez o Chelsea procurar seu futebol, acertando sua contratação em julho de 2014 por 38 milhões de euros (R$ 150 milhões, na cotação atual).
Após duas temporadas em Londres, nas quais seguiu marcando gols e ganhando títulos (dois Campeonatos Ingleses e uma Copa da Liga), ele foi dispensado pelo técnico Antonio Conte ao final da última temporada, e acertou seu retorno ao clube de Madri na janela de transferências.
No entanto, como a equipe de Madri tinha que cumprir punição da Fifa, o matador só pode ser inscrito agora, na virada do ano, fazendo sua aguardada reestreia pela equipe nesta quarta-feira, pela Copa do Rei.
Fonte: ESPN

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