De fora da F-1, grid girls reagem: 'Usamos mais roupas do que adolescentes no supermercado'
De fora da F-1, grid girls reagem: 'Usamos mais roupas do que adolescentes no supermercado'
Modelos usaram suas contas nas redes sociais nesta quinta-feira para lamentar a decisão da Fórmula 1 de pôr fim às grid girls a partir desta temporada, e criticar as pessoas que julgam empregos como os seus, sem ter conhecimento. Os dirigentes da principal categoria do automobilismo mundial anunciaram a medida um dia antes.
Rebecca Cooper, grid girl da Fórmula 1 por cinco vezes, escreveu em seu Twitter. “É ridÃculo que mulheres que dizem que ‘brigam pelo direito da mulheres’ queiram determinar o que outras devem ou não fazer, nos impedindo de fazer um trabalho que amamos e do qual nos orgulhamos. O politicamente correto ficou louco.”
A grid girl completou dizendo que as modelos que trabalham no automobilismo têm sua imagem deturpada e que não são como ‘móveis pouco revestidos’ ou tem a intenção de serem ‘provocativas’ que são alguns dos adjetivos que ouvem, segundo ela. Para provar, fez uma postagem com alguns exemplos de roupas que já usou.
Foto: Grid Girls criticam sua saÃda da Fórmula 1 a partir desta temporada Getty/ ESPN
Michelle Westby, modelo promocional no mundo de esportes a motor, também se destaca como piloto dublê e piloto em corridas de drift. Ela também criticou a saÃda das grid girls da Fórmula 1 e a forma como são vistas por aqueles que estão de fora.
“Se eu não fosse grid girl, não estaria onde estou hoje, em um ambiente predominantemente dominado por homens, inspirando e influenciando outras mulheres a buscarem seu espaço. Recebo mensagens o tempo todo dizendo que sou inspiração. O que as pessoas não percebem é que conhecemos os produtos e as equipes que estamos promovendo, é parte do nosso trabalho também.”
“E os uniformes, cabe a nós nos sentirmos à vontade neles. Estamos mais vestidas do que adolescentes que vão ao supermercado. É frustrante pensar que muitas meninas perderam sua fonte de renda porque feministas pensam que sabem mais do que realmente sabem, quando não tem ideia de como é nosso trabalho”, completou.
O fim das grid girls é uma das diversas mudança que vem sendo promovidas pela Liberty Media, empresa norte-americana que detém os direitos da Fórmula 1 desde o ano passado. As modelos não participarão de mais nenhuma ação durante os Grand Prix.
Elas eram contratadas por equipes e organização das provas e, uniformizadas, se destacavam em eventos promocionais dentro do circuito. Além disso, davam suporte aos pilotos, segurando guarda-chuva e levantando placas de instrução antes da largada.
Fonte: ESPN
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